O grafeno, uma das formas cristalinas do carbono, é um material constituído por uma camada extremamente fina de grafite, com a diferença de que possui uma estrutura hexagonal cujos átomos individuais estão distribuídos. Na prática, é o material mais forte, mais leve e mais fino (espessura de um átomo) que existe. Esse material, pode ser considerado tão ou mais revolucionário que o plástico e o silício.  É muito forte, leve, quase transparente, um excelente condutor de calor e eletricidade.

Os trabalhos revolucionários sobre o grafeno valeram o Nobel da Física de 2010 ao cientista russo-britânico Konstantin Novoselov e ao cientista neerlandês nascido na Rússia Andre Geim, ambos da Universidade de Manchester. Os dois resolveram testar o potencial do grafeno como transistor, uma alternativa ao silício usado em semicondutores

Pesquisadores do MIT, desenvolveram uma geometria, que é uma espécie de esponja porosa, feito com a compressão e fusão de flocos de grafeno. Por ser muito fino, ele não era útil para a fabricação de materiais 3D. O grafeno, que não é mais do que uma forma 2D do carbono, não é fácil pegar nesta forma 2D e usá-la para obter materiais 3D com o potencial de construir objectos úteis. Mas esta nova geometria, que tem uma densidade de apenas 5% quando comparado com o aço e pode ser até 10 vezes mais forte! Ao simular a compressão e fusão de flocos de grafeno, estes investigadores conseguiram projetar uma estrutura 3D porosa, forte e estável, com uma área de superfície muito superior ao seu volume e com um aspecto semelhante ao dos corais. Para testar esta estrutura, utilizou-se uma impressora 3D de alta resolução, imprimindo amostras com a geometria pretendida.

MIT usa grafeno numa impressora 3D e cria peça 10 vezes mais forte que o aço MIT usa grafeno numa impressora 3D e cria peça 10 vezes mais forte que o aço IMT 1024x610

Para testar a força do grafeno 3D impresso, os pesquisadores criaram uma variedade de modelos tridimensionais submetidos a vários testes na sequência. Como podem ver no vídeo abaixo:

Esta descoberta, publicada na Science Advances, representa assim um avanço inovador na investigação de novos materiais.